Logo após o terremoto, e pelo noticiário que vimos na tv, oque estava acontecendo nas regiões mais próximas era o esvaziamento de certos produtos da prateleira de mercados e lojas de conveniências.
Na corrida pela água nesses dias, faltando na prateleira do mercado, me deixou um pouco abismada.
Na região onde moro, não houve terremoto a ponto de faltar luz, comida, etc.
Mas como há a previsão de um grande terremoto batizado de Tokai para essa região, fez com que muitos acordassem e se preparassem depois do que aconteceu com Sendai.
Confesso que não corri para estocar água, mesmo tendo somente 2 garrafas de 2 litros.
Quando a água estava acabando em casa, na última garrafa, comentando com minha filha mais velha, e ela simplesmente me respondeu: Faz muguichá! Respondi: é mesmo né?
Muguichá (麦茶)é muito feito aqui no Japão durante o verão. Chá de Cevada.
Já vi num programa que algumas escolas primárias tem esse chá na torneira durante o verão, para seus alunos.
O muguichá tem outras funções além de matar a sede: combater o cansaço de verão. Costume antigo do Japão que dura até hoje, por suas propriedades.
Enchemos a garrafa de água vazia e depois de frio foi para a geladeira.
Várias marcas, vários modo de fazer. Tem até instantâneo, só dissolver na água.
E tem os prontos. Em garrafas pet de 1500ml ou de 500 ml, fora os de caixinhas.
Enquanto houver àgua na torneira, tenho a opção de fazer esse chá.
Não tem água? Vai muguichá!
Antecipamos oque normalmente fazemos no Verão, quando sempre temos 2 garrafas desse chá na geladeira.
No caso de famílias que tem crianças menores de 2 anos, é recomendável o uso de água de garrafa, principalmente as que moram na região afetada pela Usina de Fukushima, no norte do Japão.
Ontem,vi no noticiário,a prefeitura da cidade de Hitachi em Ibaraki-ken, distribuiu para essas famílias que tem filhos menores de 2 anos, mediante a apresentação da caderneta da criança.
Então, deixo para quem realmente precisa enquanto tiver opção.
*imagens pego na internet.
Particularmente, não gosto de mugicha, mas sempre posso fazer outros chás. Ou ferver a água da torneira e por na geladeira para beber.
ResponderExcluirPor aqui também não se acha água desde o terremoto, mas não me desespero porque não corro perigo da radiação.
Penso igual, prefiro deixar pra quem realmente necessita enquanto tiver opção ;)
Beijos!!!
Também não gostava muito, mas já acostumei. rs. Obrigada pelo comentario! bjo
ResponderExcluirEspetáculo a sua atitude Eli, sem o egoísmo certamente seríamos mais felizes.
ResponderExcluir"Retire a poeira de um móvel e o mundo ficará mais limpo por causa de você. É sensato pensar assim."
Li em um blog japonês um blogueiro dizendo:
"...como as pessoas são burras, agora estão correndo atrás do que está faltando, eu fui esperto, estoquei um monte de coisas que eu e minha família precisávamos..."
Caramba! Fiquei pensando, é por isso que está faltando para muitos, e fiquei mais triste ainda imaginando, e se grande parte de pequeninos(as) morressem pela atitude de pessoas assim, como essas mesmas pessoas, "espertas", se sentiriam então...!?
Numa hecatombe, ficariam completamente sós, olhando para seu próprio umbigo, comendo e bebendo sim! Mas, em seu mundo destruído, triste e vazio!
Parabéns Eli
Eli, legal. O desabastecimento de muitos produtos se dá por causa do medo de ficar sem, do boato inconsequente de que vai faltar sem mesmo ainda estar faltando. Entretanto quanto ao post do mugicha que eu tomo muito no verão o problema neste caso é outro. O medo de água radioativa é complicado, e não adianta disfarçar com mugi, chá preto ou mate... radioativo é radioativo, a cidade vizinha a minha que tem outro reservatório de abastecimento de água está com niveis alarmantes....consegui comprar uma caixa pra não ser pego de surpresa com a notícia depois de ter bebido. Acredito que tudo isto vai passar .... espero que em breve... bj
ResponderExcluirUno, dá uma tristeza ver como as pessoas reagem egoisticamente, não é mesmo? Obrigada pela visita e comentário.
ResponderExcluirDario, oque eu quis dizer foi oque aconteceu aqui, na minha região. Na verdade, para quem mora em área de risco, acho que tem sim que se cuidar. Mas não que precise estocar exageradamente, pois isso complica no reabastecimento, e deixa com mais medo ainda de não encontrar o produto quem precisa...
ResponderExcluirObrigda pelo comentário e pela visita!