quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Julgar, o verbo.

"Quem sou eu para julgar?"

Aliás, quem somos nós para julgar?

Percebi como é fácil "achar" qualquer coisa.  As pessoas acham que eu sou isso e aquilo ou sei lá oque.

Uma experiencia recente me deixou um pouco chateada.
A pessoa me pediu colaboração, e eu, como uma nova experiencia, aceitei.
Todos os dias, lá pelas 8 horas da manhã me mandava SMS com um BOM DIA, e mais tarde, perguntando se havia novidade. Respondia sempre. SEMPRE! Relatava o andamento e tals. Tinha dia que eu não tinha como fazer nada, mas assim mesmo relatava que NÃO consegui nada por isso ou aquilo (com toda sinceridade). Afinal, trabalho durante o dia, e só tinha a noite para isso.
E assim ia...Gastava meu tempo e meu telefone fazendo várias ligações,

Não sei como é cada pessoa dentro de casa antes ou depois que sai do serviço (isso quando trabalha dentro de uma empresa).
Ninguém pára para pensar que eu tenho mil tarefas e não estou exclusivamente para atender aquilo que me pede ou acha que eu posso fazer do jeito que querem.
Não vou à academia, nem aula de inglês, nem cursinho de maquiagem, muito menos cursinhos de madame.

Eu trabalho fora  no horário comercial, mas antes disso já fiz muita coisa dentro de casa.
Fiz café da manhã para mim e meu marido, tirei os cachorros para fora, limpei alguma sujeira que por ventura os cachorros tenham feito, arrumei a mesa, fiz algo para as crianças comerem (porque eles não comem pão), chamo eles para se aprontarem, verifico se não esqueceram de algo na mala, tomo café com eles, arrumo a mesa, despacho eles, lavo a louça, estendo a roupa lavada, dou água para as plantas, e finalmente me apronto para ir trabalhar.
Depois do serviço, faço a janta, verifico a casa, arrumo a louça, cuido das crianças, converso com eles, dou a janta, lavo a louça, fora os dias de karate da filhote que tem que levar e trazer, vou buscar o marido no serviço e enfim...banho e cama.

Não ache que uma pessoa solteira, ou casada mas sem filhos, tenham as mesmas tarefas.
Não me compare com aquela pessoa que chega em casa e vai direto para o computador, mal ajudando nas tarefas de casa.
Não pense que filhos são iguais a cachorro ou gato, que coloca a ração ali e põe no colo enquanto está no telefone ou assistindo a novela. Filhos pedem atenção. Pedem, perguntam, cobram. Falam, querem atenção, querem respostas, tem dias de mau humor, dias cansados, como nós.
Me poupe comparar com isso.

Se eu pudesse acordar e já  ir direto fazer as coisas que eu quero, claro que faria.
Se eu pudesse chegar em casa sem precisar me preocupar com a janta, mercado, filhos, é claro que faria.
Se eu pudesse pediria delivery todo dia.

Estou tentando adaptar o meu modo de vida com aquilo que abracei.
Então, não me cobre, não me julgue, porque sou diferente de você!

E no final, a pessoa que me mandava SMS todo santo dia, quando tudo terminou, mal mandou um obrigado. E quando eu mandava perguntando quando me enviaria o valor da comissão, não me respondia por dias...
Oque posso julgar dessa pessoa?
Então...não me julgue! E não o condeno, apenas tirei da minha lista de contatos!

Ah, e para aqueles que condenam o modo de educar meus filhos: faço oque está ao meu alcance. E oque está no meu modo de viver.

Enfim, julgue se quiser! Só digo que eu julgo também, mas também sei que existe o outro lado da moeda.

Sonhos tenho muitos! E é por isso que eu aceito os desafios que me oferecem. E faço na medida que posso.
Graças a Deus, meu marido sempre me ajuda quando está em casa. Diferente de alguns que vejo por ai...

Bons sonhos para você.

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