domingo, 27 de junho de 2010

Entrevista


Esses dias, minha filha mais velha estava preparando sua ficha para apresentar-se a candidata a emprego. Comprou os formulários, procurou modelos na internet e ficou preenchendo.
Já havia um tempinho que estava preenchendo e, num certo momento fiz uma pergunta a ela, que estava concentradíssima, e soltou um berro em seguida: Ahh, de novo!!!Errei!
Quando olhei melhor, vi que já havia errado vários!
Por um certo momento, me senti orgulhosa, pois vi a seriedade dela em preencher essa ficha de modo correto e sua concentração para que saísse o melhor possível.
Eu trabalho na parte de recrutamento de uma pequena empresa,e, para ser sincera, tenho visto poucas mudanças no comportamento dos brasileiros em relação a procurar emprego.
Alguns mal conseguem preencher corretamente a ficha, outros demoram, e ainda aqueles que não entendem a pergunta ou oque é certo documento, além de não lembrarem quanto tempo ficaram em cada fábrica (oque tem um certo peso na contratação).
Sem falar ainda no modo como se vestem, sentam e comportam. Algumas acham que estão indo para uma balada.
Como ainda é uma pré-entrevista, fecha-se os olhos para alguns detalhes. Mas, conforme a necessidade de contratação e entrevista na fábrica, há casos em que precisamos pedir ao candidato para que venham de roupa adequada (mulheres com a roupa sem decote, homem de calça e não bermudão), além de falar como se portar diante do chefe que vai entrevistá-lo.
Eu não precisei ensinar minha filha. Ela aprendeu. Ela sabe da hierarquia que existe dentro de uma empresa.
Num período em que ela trabalhou para a empresa onde trabalho, o meu chefe (que também fazia o transporte dos funcionários) me disse uma vez que ela é bem educada, sempre agradece ao sair do carro. Isso ela faz ate conosco, quando saímos juntos para jantar ou algum outro lugar onde alguém, que não ela, irá conduzir o veículo:ONEGAISHIMASU!
Com o advento da crise, onde muitos ficaram desempregados e houve vários cursos espalhados pelo Japão sobre vários temas desde aprender japones, até de como se comportar numa entrevista que vi em várias revistas da comunidade, são poucos os que aproveitaram a oportunidade e fazem uso desse diferencial.
Uma pena.

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